3.4.12

num passado remoto, encontram-se
pessoas loucas e promiscuas
como hoje em dia. a única
deferença que se encontra em tanta
atitude é a elegancia de uma
época sem informação.
vestidos de alta costura, luvas,
sapatos de cetim e cabelos impecáveis.
desde o baile de máscaras
meu amor por ti é o mesmo
de quando meu olhar te conheceu
atrás do véu. você me amou
da forma mais indecente
fazendo meus pecados arderem
e desejarem cada vez mais
toda lascívia reprimida.
minhas botas de couro preto
pisam em gramas curtas molhadas
pela chuva de outono. uso um casaco
de veludo azul marinho
com bolsos franzidos e lápis
roídos nas pontas....papéis
amassados, poesias inacabadas
verso morto ao renascer.
esse foi meu dia.
adoro estar nos porões em noites
de calor, tocando um som gostoso
de boa qualidade, olhando pessoas
bonitas admirando o novo....
que ainda é diferente aqui!
vamos nessa?
eu tô super afim!!!
não posso mais esperar o tempo
passar diante de meu semblante!
fico inquieta a cada tarde que
meu ser já não está mais na rotina
ilusória de uma vida repleta
de euforia!
me deixe seguir por um caminho
só, preciso daquilo que faz sentir
alguem melhor.
quando abri os olhos naquela manhã
o dia estava cinzento e o vento,
ao abrir minha janela, distraiu meus cabelos
negros.
olho no espelho e vejo o passado
me chamando para um novo
pensamento
meu piano de madeira toca o som
da tristeza que está encarcerada
em meu peito! meus contos já
não são os mesmos desde que parti
na estação de trem com meu
chapéu na mão! ainda sinto falta
de seu olhar confuso e amargurado!