"Depois daquele dia
Pudera eu ser a menina
Que tem os maiores sonhos!
Pensei tanto que me esqueci!
De tentar,
Me esqueci de correr
E quando veio a tempestade
Deixei meu vestido cair
Meus ouvidos ouvirem
Meus olhos chorarem
E meu coração levitar!
Apenas me levantei, chorei aos seus propósitos
E parti!
Tudo o que me faltava
Não estava longe
Apenas á léguas daqui onde estou
Como puderas eu saber?
Que a felicidade estava tão perto de onde me encontro hoje?
Como pudera eu saber?
Que nesse mundo preto e branco ainda abrigava pessoas com tantas cores como você?
Passei por uma época tensa, entre a escuridão e a longitude de seus olhos
E nessa época, talvez, eu já te desenhava em papéis brancos
Com lápis grafite da cor de um carvão
Talvez, talvez
Agora, estou sentada numa cadeira pós modernista, de couro preto, com braços cromados
Escrevendo uma carta futurista
Em um mundo mórbido
Com fotografias de países onde nunca estive!
Ouço a mesma canção e me divirto com sua mensagens
Clandestinas.
Que em épocas de Maria Antonieta
Onde usavam plumas brancas para escrever
E os desejos sempre mais expectativos
Pela ausência do companheiro
Que somente
Estava ali
Subindo por sacadas
No meio da madrugada
Com poesias de dor
E suicídio ...
Com papéis
Escritos por mãos ...
Em puros sentimentos.
Como posso eu viver num passado tão sombrio que dentro de um conto Shakespeareano.
Até daria um bom teatro!
Pois é.
Trágico e Romântico.
E mesmo sempre ter tido tal fascinação
Pela poesia inglesa de tal
Regada de vinhos e cervejas acompanhadas por homens brutos
Em tavernas sujas
Ainda acredito.
Pois é.
Hoje me dedico á minha própria ideologia
O que seria de mim sem você?
O que seria de mim sem tudo isso que talvez me consuma?
Palavras alheias?
Sonhos distantes?
A Europa que nunca irei?
Acho que não.
Tenho certeza que não.
Pois és aquele meu homem
Que desenhei.
Sou apenas uma personagem
Rodando entre cenas de filmes cults
Onde eu mesma escrevo e dirijo.
Sou a personagem sonhadora, com cabelos coloridos, olhos grandes, pele clara...e vestidos rodados
Nunca á vi antes.
Mas não me importo.
Autenticidade....
como meu amor por ti
Desde as épocas em que me perdi em meu próprio desejo.
Como, hoje, agora, falarei pra ela?
Que você realmente é...foi...e será...
Meu eterno amor?"
Nany
Julho de 2009
Olá ...estamos seguindo vcs...siga nos também e participe da promoção de aniversario da banda concorrendo a um kit snobiano!!!
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